quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Os trinta

Esta doce e amarga idade é ridicularizada ou dramatizada pelos media. Determinadas celebridades descrevem este evento como um posto ou um marco, quase como o inicio de uma vida idílica, cheia de sabedoria e sensatez. Pois não senti nenhum dos extremos.
Os trinta e trinta e um  anos, foi como uma pequena empresa que passados uns anos encerra temporariamente para inventário, para reflectir como se tem adaptado ao mercado e comparar os lucros e prejuízos para concluir: se é forte e estável o suficiente para expandir o seu mercado, permanecer na posição actual até sedimentar sua posição no mercado ou fechar e minimizar estragos.
Aqui vai o meu testemunho, o difícil deste evento é perceber nesta altura do campeonato a imagem que se tem de si própria a nível social, cultural e pessoal. É o confronto entre o que esperávamos ter atingido, bem como o papel que imaginávamos/desejávamos desempenhar na sociedade e a crua realidade. Esta foi a reflexão que senti forçada a fazer e digo que não tem sido  bonito nem promissor, contudo também não é desolador. É uma etapa necessária e dolorosa para uma pacífica coexistência comigo própria e assim poder continuar a minha caminhada.
Com um tropeço inicio as crónicas de uma trintona.
(d Trintona)

2 comentários:

L. K. disse...

As perspectivas podem ser diferentes e dou, igualmente, o meu testemunho: Estou nos trinta, adorei fazer trinta e já contam mais três. Não estou casada, amantizada ou namorada, não atingi (ainda) determinados objectivos mas tenho atingido outras coisas que não estavam contabilizadas nos meus planos, no entanto, tenho achado uma etapa fantástica, sinto que é agora que estou finalmente a ser e a descobrir-me de uma forma que nunca imaginei - a crescer. É diferente dos 16 e dos 26, não acho melhor ou pior - mas gosto :)

pseudoink disse...

Obrigado pelo testemunho :)