quarta-feira, 28 de setembro de 2011

reflexões de quem não tem sono e nada produtivo em vista... (5)

Porquê a obrigatoriedade da gravatinha e do fato numa entrevista de trabalho? Menos sentido faz quando ao exercê-lo temos de usar farda. Porquê as frases feitas? Porque tenho de ir a uma entrevista toda ”pipi” quando nunca usei um fato, saltos altos ou base, tenho um alfinete e (como uma amiga me diz com frequência) “pregos” nas orelhas. Supostamente o empregador deveria saber quem está a contratar, a autenticidade do papel que essa pessoa representa na sociedade e como encaixa nas funções que irá exercer. O personagem à sua frente não é necessariamente o colaborador de amanhã, podendo até ser um perfeito inútil.
 A entidade patronal acaba por reduzir a sua avaliação à habilidade de representar; contudo, não adoptamos diversos papéis no nosso dia-a-dia? Não é a capacidade de representarmos que indica se somos ou não socialmente capazes? Como Yann Tiersen numa música – não te preocupes querida que tenho um novo emprego e nunca falto… Teremos amadurecido quando nos tornamos bons jogadores, ou já sabemos os truques necessários para avançarmos de nível com relativa facilidade sem nos questionarmos quem somos ou no que espelhamos?
Bem ainda sou uma aprendiz neste jogo, não tenho respostas e questiono-me com frequência as suas regras, bem como a coerência entre a minha espinha dorsal e o papel que adopto.
(d Trintona)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011


FMI, festival de música independente em Braga.
A ideia foi engraçada e pujante, contudo precisa de muito polimento organizacional.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

50 anos celebra a Aministia Internacinal

 (Filme de Carlos Lascano)

Tanto por fazer numa altura em que o sol ainda só nasce para alguns, a liberdade é um previlégio e a água é um diamante escasso e justificação para o morticínio. É impressionante e lamentável como os mesmos erros perpetuam-se e a intolerância mantem-se tão enraizada, indiferente a géneros, raças, idades e classes sociais...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O silêncio é teu gémeo no Infinito.
Quem te conhece, sabe não buscar.
Morte visível, vens dessedentar
O vago mundo, o mundo estreito e aflito.

Se os teus abismos constelados fito,
Não sei quem sou ou qual o fim a dar
A tanta dor, a tanta ânsia par
Do sonho, e a tanto incerto em que medito.

Que vislumbre escondido de melhores
Dias ou horas no teu campo cabe?
Véu nupcial do fim de fins e dores.

Nem sei a angústia que vens consolar-me.
Deixa que eu durma, deixa que eu acabe
E que a luz nunca venha despertar-me!
                                  (A noite, Fernando Pessoa)