segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Não percebo

Não percebo o fascínio pela auto-mutilação, não percebo a auto-flagelação em nome da religião. Esta não é uma situação de uma ou outra religião, parece ser comum a diversas religiões que proclamam a viva voz as diferenças entre as mesmas. Começando pela cristã, quando em Fátima é possível visualizar pessoas de todas as idades a caminhar de joelhos no chão até a dor interior passar a ser visível e portanto passível de comiseração e tratamento. Desculpem se estou a ser injusta ou preconceituosa, não consigo ser indiferente a este fenómeno. Nada diz na bíblia que a flagelação física nos aproxima do céu ou perdão. Em oposição ajudar o próximo, altruísmo e despretensiosismo são actos valorizados pelo catolicismo e por conseguinte dignos do “céu”. Em vez de as promessas consistirem em 10 voltas ao recinto de Fátima, porque não prometerem durante 10 dias fazer voluntariado oferecendo sopa aos sem abrigos ou a simples oferta de cobertores à vizinha que não tem rendimentos nem para comer. Devido à crise actual a nossa sociedade não carece de pessoas a precisar de diversos tipos de ajuda e não é preciso estar financeiramente numa boa posição para o fazer, basta riqueza de espírito, imaginação e olhar atentamente. Não é preciso ser audacioso ou megalómano, existem diversas organizações (ONG) onde só precisam da presença de mãos prontas para trabalhar. E podia alongar-me sobre esta temática páginas e páginas, por isso to be continued…  Não quero aborrecer de tédio os poucos leitores que despendem um pouco do seu tempo para ler as crónicas de uma narcisista.
(d Trintona)

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