Diversas vezes, quando calmamente passeamos na rua ou estamos nalgum estabelecimento esperando por um serviço ou usufruindo desse serviço, podendo esse estabelecimento ser uma loja, aeroporto, autocarro, notário, etc.; surge um ser que decide verbalizar ou demonstrar o seu descontentamento pelo serviço prestado de forma pouco distinta. Quando me deparo como observadora destas situações penso sempre que nunca recorreria a tais formas de expressão para transmitir o meu descontentamento.
O parágrafo acima demonstra a minha posição em relação a tais chamadas de atenção. Nunca sonhei, nem me passou pela ideia ser tão néscia e encarnar esse papel tão desprezível a meus olhos.
Tudo começou no último dia das minhas férias, de regresso a casa vinha satisfeita, muito cansada e um pouco irritável (algo pouco compatível com a minha maneira de ser). Geralmente escolho levar a bagagem comigo no avião por ser mais prático e rápido. Eis o meu espanto, quando me dirigi para o controlo de segurança e o próprio me indica, com educação, para colocar a mala num daqueles controladores de tamanho metálicos da easyjet. Ora, a bagagem não cabia por um frustrante centímetro e o segurança apontou de forma brusca para o check in no sentido de a mala ser guardada no porão, além do custo extra. Esta é a parte que me envergonho profundamente, quando verbalizei de uma forma pouco sensata que iria caber custe o que custar e fiz figura de imbecil ao recorrer a meios físicos para demonstrar o quando insensata posso ser. Estas figuras tristes devem ter sido executadas pelo menos durante 5 min., enquanto isso o segurança aguardava calmamente que eu terminasse e o número de pessoas trás de mim aumentava, bem como os olhares ameaçadores. Lá foi a mala para o porão e o custo foi merecido pela minha total de ausência de conduta. Só de lembrar até me dói a alma. Triste foi, também, só ter realizado uma auto-critica quando me sentei na cadeira da mesa situada no meu quarto.
(d trintona)
(d trintona)
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