terça-feira, 21 de junho de 2011

reflexões de quem não tem sono e nada produtivo em vista... (4)

Todos os dias somos bombardeados - pela televisão, jogos, brinquedos, revistas, rádio, publicidade exposta na rua, metro e afins sobre os padrões pelo qual a nossa vida se deve reger, como devemos ser, aparecer e estar.
Desde crianças que os media nos ditam como devemos viver e o que é o sucesso social. Perante esta realidade determinados grupos e indivíduos conseguem a serenidade, felicidade e sucesso pessoal desafiando a sociedade vigente, contrariando os estereótipos actuais conseguem estar integrados sem se imiscuir na sociedade. Contudo esta harmonia não é contínua ou permanente, mas um equilíbrio frágil que é frequentemente recalibrado. É uma missão complexa romper as amarras e construir o nosso pequeno mundo, tem os seus riscos e a rede de suporte é frágil tornando a queda uma probabilidade.
O equilíbrio acima referido é um tanto ou quanto espinhoso, é um trabalho árduo a construção de um lugar onde os moldes do êxito repetidos desde que existimos como cidadãos podem ser contornados. Este espaço de auto-reconhecimento por vezes demora e a inquietação, isolamento e angústia é diagnosticada e catalogada com o nome de uma doença qualquer de um grau qualquer presente num protocolo de diagnósticos psicológicos/psiquiátricos. E começa uma listagem de medicação. Com um rótulo tudo está explicado, entendido e a sociedade pode continuar. A infelicidade é um preço a pagar, sem stresse porque há sempre alguém que lucra com a desgraça alheia. E por vezes, com a adversidade um ou outro génio é revelado e adorado depois de sepultado.
(d Trintona)

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