sábado, 28 de maio de 2011

Do cobertor à leitura, ou vice-versa

Tenho uma grande paixão, para alguns poderá também classificar-se como obsessão, ler. Quando leio sonho, amo, rio, sofro; vivo, como uma espectadora oculta, contudo presente no livro, o respectivo enlace ou desenlace, com uma intensidade tal que o seu término requer pelo menos dois dias de luto. Em cada livro fica armazenado um fragmento da minha alma. Como o cobertor do Linus em Charlie Brown, necessito deste escape que é ler.
Por vezes questiono-me desta necessidade e, embora raras ocasiões dedique à introspecção (pronto, pronto, inúmeras vezes, constantemente), determinado pensamento emerge lacerante – será o livro um nobre substituto para inexistente coragem de viver?
(d Trintona)

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