"Agora vives no inesgotável. Cada dia é feito de silêncios e de ruídos, de luzes e de negro, de espessuras, de esperas, de arrepios. O que importa é perderes-te mais uma vez, para sempre, cada vez mais, vaguear sem fim, encontrar o sono, uma certa paz do corpo: abandono, lassidão, entorpecimento, deriva. Deslizas, deixas- te afundar, ceder: procurar o vazio, evitá-lo, caminhar, parar, sentares-te a uma mesa, encostares-te, estenderes-te."
(George Perec)
Sem comentários:
Enviar um comentário