quarta-feira, 4 de maio de 2011


"Agora vives no inesgotável. Cada dia é feito de silêncios e de ruídos, de luzes e de negro, de espessuras, de esperas, de arrepios. O que importa é perderes-te mais uma vez, para sempre, cada vez mais, vaguear sem fim, encontrar o sono, uma certa paz do corpo: abandono, lassidão, entorpecimento, deriva. Deslizas, deixas- te afundar, ceder: procurar o vazio, evitá-lo, caminhar, parar, sentares-te a uma mesa, encostares-te, estenderes-te."
               (George Perec)               

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