O conceito de casa desmoronou-se. O sentimento de pertença dissipou-se. É uma destruição lenta contudo consistente. As paredes são cada vez mais finas e frágeis. Os grãos de areia vão pousando vagarosamente, sem cessar no chão, delineando as divisões. As janelas apresentam manchas do tempo, de negligência, numa ou outra é possível ver alguns sinais de desgaste, umas lascas aqui e ali. A porta de grande envergadura, madeira escurecida e baça, abre-se ruidosamente após o rodar da maçaneta. O interior vazio, respirar torna- se ensurdecedor. Lá fora, em redor, tudo é árido, os pássaros e as plantas não se avistam a largas léguas de distância, deixaram de procurar vida por estas bandas.
E a casa a desaparecer com o embate do vento, da chuva e do sol; a sua história diluída, extinta, apagada. Nada.
(d Trintona)
(d Trintona)
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